Confrontos entre policiais e estudantes terminam com mais de cem presos no Chile
Manifestantes saíram às ruas para pedir celeridade na aprovação da reforma da educação, prometida pela presidente Michelle Bachelet
Confrontos entre policiais e estudantes, no centro de Santiago, no Chile, terminaram com mais de cem presos, nesta quinta-feira, durante protesto contra o governo de Michelle Bachelet. Os manifestantes foram às ruas pedir celeridade na aprovação da reforma da educação.
A polícia mobilizou um grande efetivo para conter o ato estudantil, que teve como saldo 117 detidos e 32 policiais feridos – entre eles, sete agentes femininas, conforme números divulgados pelos Carabineiros.
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Convocados para uma passeata não autorizada pelo governo, os estudantes se reuniram nos arredores da Praça Itália. Para impedir a passagem, a polícia agiu com jatos d'água e com gás lacrimogêneo. Os manifestantes reagiram, atirando pedras e pedaços de pau nos agentes.
A multidão conseguiu romper o cerco e chegar à Avenida Alameda, onde violentos choques voltaram a ocorrer, sendo, mais uma vez, repelidos pela polícia. Lojas próximas e várias estações de metrô fecharam as portas, enquanto o trânsito ficou bloqueado no trecho da Alameda.
Os jovens garantem que vão continuar com as medidas de pressão. Há uma década, os estudantes chilenos exigem uma profunda reforma do sistema educacional herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), considerado um dos mais segregados do planeta.
A socialista Michelle Bachelet ganhou a reeleição em dezembro de 2013, prometendo a reforma na educação, mas o avanço tem sido considerado "insuficiente" pelos jovens. Além disso, o governo ainda não enviou ao Congresso o projeto de lei que estabelecerá a gratuidade universal na educação universitária – uma de suas promessas de campanha.
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